O Despertar (The Awakening)
- JD Rodrigues
- 24 de abr. de 2016
- 2 min de leitura

O gênero horror ainda é um dos mais atraentes que existe. Claro que isso não vale para quem não é um aficionado. Mesmo assim, nos últimos tempos, tem-se notado um cansaço e uma falta de ideias que faz com que muitos filmes repitam cada vez mais os temas, com algumas pequenas mudanças. Mas isso é natural, levando em consideração que o horror tem quase a idade do cinema. Filmes de casas assombradas, então, precisam ser bem inspirados e bem conduzidos para funcionarem.
O que mais chama a atenção e que faz a gente valorizar O DESPERTAR (2011), assim que o filme inicia, é a sua fotografia. Uma das mais belas já vistas num filme de terror desde, talvez, ILHA DO MEDO, de Martin Scorsese, uma produção classe A. E talvez não possamos dizer o mesmo de O DESPERTAR, que é produzido pela BBC Films, mas se não é uma superprodução pelo menos é uma produção de uma rede de televisão e rádio nada pobre. E o detalhe da fotografia, eu achei importante destacar porque o cinema inglês tem uma tradição de fotografias pouco nítidas, mas ao que parece esse problema tem se resolvido nos últimos anos. E no caso de O DESPERTAR não só a fotografia, mas a direção de arte também, é particularmente caprichada.
Na trama de O DESPERTAR, Hall é Florence Cathcart, uma especialista em desmascarar charlatões que dizem que podem fazer comunicação com os mortos. Sua vida vai seguindo, até que um homem a convida para visitar um colégio interno que tem sido, segundo ele, assombrado pelo espírito de um garoto. Interessante o modo como ela é apresentada no lugar, como uma mulher educada. Ao que parece, naquele tempo, o pós-guerra dos anos 1920, eram poucas as mulheres instruídas. Esse detalhe imprime não só autoridade à sua figura, mas também certa sensualidade. No mais, o filme tem boas sequências de investigação e assombração e alguns momentos de surpresa, mas nada que o torne tão memorável. ASSISTIR FILME
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