Skyline - A Invasão

JD Rodrigues
24 de abr. de 2016
2 min de leitura

Os irmãos Colin e Greg Strause, que dirigiram o péssimo Aliens Vs. Predador: Requiem, são sócios na empresa de efeitos especiais Hydraulx, conhecida pelo trabalho em cenas de filmes como Avatar, Homem de Ferro 2 e O Curioso Caso de Benjamin Button. Em Skyline - A Invasão, os dois irmãos provam que, sim, entendem muito bem de efeitos especiais, mas nada de todo o resto. Na trama, luzes estranhas descem sobre a cidade de Los Angeles, onde, aos poucos, uma força extraterrestre ameaça engolir toda a população. Escondido em um apartamento, um grupo de amigos tenta sobreviver à invasão.

Com o baixo orçamento todo alocado para a pirotecnia digital, a produção teve que se contentar com a nata da categoria "C+" de atores da televisão. Estão lá, protagonizando, o doutor Turk de Scrubs (Donald Faison) e o carinha que namorou a Claire na primeira temporada de A Sete Palmos (Eric Balfour). Sem falar no policial cubano de Dexter (David Zayas, o melhorzinho em cena). Além deles, três gostosinhas genéricas com passagens por C.S.I. (Scottie Thompson, Brittany Daniel e Crystal Reed) completam o elenco. É como se depois da invasão de Los Angeles todos os atores bons tivessem sido sugados pelos aliens e só sobrassem os maus atores. Os Strause podem até ter imaginado que ainda é possível mascarar atuações lamentáveis e diálogos sofríveis com naves-lula e monstros gigantes. Ainda que seja divertidíssimo ver Los Angeles vazia e sendo esfacelada por uma frota extraterrestre (e nesse ponto o filme é sensacional e entrega tudo o que se espera dele), a trama claustrofóbica-chique depende demais da qualidade dos atores. A interação entre o sexteto preso dentro de um prédio de alto padrão na cidade da Costa Oeste dos EUA (o funcionamento automático das persianas computadorizadas é central à trama!) faz com que fiquemos ansiosos para que suas cenas passem logo, até o próximo ataque de macaco-robô-gigante.

Entre baixios narrativos e cumes técnicos, Skyline - A Invasão consegue sagrar-se um novo clássico trash. Algo que o filme parece até aceitar de bom grado na sequência final, no ventre da nave-mãe, onde somos apresentados a um simiesco campeão lustroso e sua mocinha indefesa que, aposto, estampam nesse momento o rótulo de alguma marca de catuaba selvagem em Alfa Centauro. ASSISTIR FILME

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